Dicas de estudo
Dentro de uma semana, mais de um milhão de brasileiros vão se reunir, em todos os cantos do país, para fazer a prova do concurso de recenseador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A concorrência será grande, e apenas 192 mil candidatos passarão pelo funil da seleção. Para conseguir o maior número de pontos na prova, os candidatos deverão ficar atentos às disciplinas que mais valem.A parte de conhecimentos técnicos terá o maior número de questões (20) e também o maior peso: 50 pontos no total. Em seguida, virão matemática, valendo 20 pontos; e português e conhecimentos gerais, com 15 pontos cada.
Ao receber a prova, o candidato deve olhar logo a tabela que a Fundação Cesgranrio publica na capa do caderno de questões. Dela, constará a pontuação de cada pergunta. O ideal é que os candidatos, ainda com a mente descansada, comecem a responder aos itens que valem mais, a fim de garantir uma maior pontuação.
Os locais onde serão aplicadas as avaliações já estão disponíveis no site www.cesgranrio.org.br. Cada candidato é responsável por entrar na página eletrônica e conferir seu local de prova e os dados de seu cartão de confirmação da inscrição. Se algum erro for encontrado, o participante poderá entrar em contato com a organizadora pelo telefone 0800-701-2028 e corrigi-lo.
No Estado do Rio, foram recebidas 80.928 inscrições, sendo 29.644 na capital e 51.284 nos demais municípios fluminenses. Na área de Campo Grande, a relação é de 7,99 candidatos por vaga. Na Ladeira dos Tabajaras, o número sobe: 28 candidatos na disputa por apenas uma oportunidade. Veja as dicas dos professores:
Concentração - Faltando apenas uma semana para o exame, a hora é de intensificar os estudos nos conteúdos de maior dificuldade ou maior peso na prova. “É importante que o candidato guarde um tempo para aprofundar seus estudos em conhecimentos técnicos e de matemática, que juntos somam 70% dos pontos possíveis da prova”, lembra o professor Paulo Estrella, coordenador pedagógico da Academia do Concurso.
Revisão - Os estudos desses últimos dias devem ser focados na revisão e na resolução de provas de concursos anteriores. Segundo Estrella, como a banca examinadora é a Cesgranrio, “O candidato não deve esperar questões de complexidade elevada, porém, deve tomar bastante cuidado na interpretação dos enunciados. A presença de pegadinhas nas questões é uma característica da banca”.
Desafio - O principal desafio, destaca o coordenador, é manter a calma durante a prova: “Quanto mais tenso o candidato estiver, menor a capacidade de raciocínio e interpretação e, dessa forma, maior é a probabilidade de o candidato cair em armadilhas colocadas no enunciado ou nos itens de resposta das questões. O controle da ansiedade é fundamental para o bom resultado”.
Conhecimentos técnicos - Professora de conhecimentos técnicos da Academia do Concurso, Natalia Pacheco destaca que, nesta reta final de preparação, é importante que os candidatos foquem seus estudos nos conceitos básicos da disciplina. A recomendação dela é a de que o candidato saiba com clareza o que é o censo, a metodologia de recenseamento dos domicílios, assim como as atribuições do recenseador. Natalia lembra que a apostila que acompanha o edital (Anexo VI) é, basicamente, um roteiro para o recenseador.
Matemática - Autor do livro “Matemática básica”, da Editora Campus-Elsevier, o professor Benjamin César orienta que os candidatos peguem as provas dos últimos concursos do IBGE para treinar seus conhecimentos. Vale fazer não somente as provas da Cesgranrio, mas as de outras bancas, como NCE e FGV. Atenção redobrada, alerta Benjamin, para as questões envolvendo percentuais e regra de três; probleminhas com equações de 1 grau ou proporcionalidade; interpretação e análise de gráficos; e operações com juros simples e cálculo do montante a juros compostos.
Português - A prova de recenseador terá dez questões de português, sendo que cinco terão peso um e cinco terão peso dois, relembra o professor Adriano Vieira, do Curso Progressão. Muitas regras gramaticais deverão ser cobradas. Os estudos finais, segundo Vieira, devem ser direcionados para concordância, regência, acentuação gráfica, ortografia, crase e emprego de verbos e pronomes. “Normalmente, são cobradas de quatro a cinco questões de interpretação de texto. Os candidatos que leem bastante já saem na frente, pois um conhecimento geral vasto ajuda muito na hora de resolver questões de compreensão de texto e de semântica (significado e sentido das palavras)”.
Conhecimentos gerais - A leitura de jornais e revistas dos últimos dois meses ajudará muito o candidato a responder às questões da parte de conhecimentos gerais. Se estudar por provas de outros concursos, cuidado para não se debruçar sobre seleções muito antigas. Segundo o professor de atualidades da Academia do Concurso, Orlando Stiebler, é importante observar a crise econômica internacional e seus reflexos no Brasil, assim como a questão da geração de emprego formais no país.